quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Atividade Antimicrobiana dos Óleos Essenciais

    A atividade bacteriostática e /ou bactericida de OE é exercida principalmente por compostos terpenóides. Porém, a composição e a atividade de um óleo essencial pode ser modificada por vários aspectos, desde o modo de extração, a fatores próprios da planta e do ambiente em que ela esta inserido.       De acordo com González-Lamothe et al. (2009), os produtos do metabolismo secundário acumulado pelas plantas podem atuar de duas formas: como “potencializadores de atividade antibacteriana”, favorecendo a atividade de antibióticos cuja ação encontra-se limitada por mecanismos de multirresistência desenvolvidos pelos microrganismos; ou como “atenuantes de virulência”, adequando a resposta do sistema imune do hospedeiro à infecção. Os óleos essenciais apresentam atividade contra uma ampla variedade de microrganismos: vírus, fungos, protozoários e bactérias. Os compostos e suas porcentagens presentes nos OE’s variam de acordo com a espécie considerada, as condições de coleta e extração, e as partes da planta utilizadas. Os principais compostos isolados dos óleos essenciais são terpenos e seus derivados oxigenados, terpenóides, incluindo os compostos fenólicos.
    Guinoiseau et al. (2010) testaram os OE’s de Inula graveolens L. e Santolina corsica Jordan et Fourr. frente a S. aureus, e observaram que a atividade bactericida de ambos os óleos não envolveu lise celular, porém a parede celular de algumas células bacterianas sofreu afinamento, e percebeu-se a perda da homogeneidade do conteúdo celular pela formação de grânulos citoplasmáticos. O óleo de coentro (Coriandrum sativum L.) exerceu efeitos sobre os processos respiratórios, bomba de efluxo e potencial de membrana de bactérias Gram-positivas e negativas, sendo bactericida para a maioria das linhagens testadas, muito provavelmente por ocasionar danos na membrana celular (Silva et al., 2011). Apesar de várias estruturas químicas isoladas de produtos do metabolismo secundário das plantas exercerem alguma ação antibacteriana, a maior parte destas moléculas apresenta atividade fraca e espectro de ação limitado quando utilizadas sozinhas. Porém, ao serem combinadas entre si ou com antibióticos, podem atuar como adjuvantes, modificando a resistência bacteriana frente determinadas drogas, diminuindo a dose necessária de antibióticos para um resultado eficaz.

Referências Bibliográficas:
Dissertação ATIVIDADE ANTIBACTERIANA DE ÓLEOS ESSENCIAIS E 
AVALIAÇÃO DE POTENCIAL SINÉRGICO apresentada ao Instituto de 
Biociências, Campus de Botucatu, UNESP.

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