A atividade bacteriostática e /ou bactericida de OE é
exercida principalmente por compostos terpenóides. Porém, a composição e a
atividade de um óleo essencial pode ser modificada por vários aspectos, desde o
modo de extração, a fatores próprios da planta e do ambiente em que ela esta
inserido. De acordo com González-Lamothe et al. (2009), os produtos do
metabolismo secundário acumulado pelas plantas podem atuar de duas formas: como
“potencializadores de atividade antibacteriana”, favorecendo a atividade de
antibióticos cuja ação encontra-se limitada por mecanismos de multirresistência
desenvolvidos pelos microrganismos; ou como “atenuantes de virulência”, adequando
a resposta do sistema imune do hospedeiro à infecção. Os óleos essenciais
apresentam atividade contra uma ampla variedade de microrganismos: vírus,
fungos, protozoários e bactérias. Os compostos e suas porcentagens presentes
nos OE’s variam de acordo com a espécie considerada, as condições de coleta e
extração, e as partes da planta utilizadas. Os principais compostos isolados
dos óleos essenciais são terpenos e seus derivados oxigenados, terpenóides, incluindo
os compostos fenólicos.
Guinoiseau et al. (2010) testaram os OE’s de Inula graveolens L. e Santolina corsica Jordan et Fourr.
frente a S. aureus, e observaram que
a atividade bactericida de ambos os óleos não envolveu lise celular, porém a
parede celular de algumas células bacterianas sofreu afinamento, e percebeu-se a
perda da homogeneidade do conteúdo celular pela formação de grânulos
citoplasmáticos. O óleo de coentro (Coriandrum
sativum L.) exerceu efeitos sobre os processos respiratórios, bomba de
efluxo e potencial de membrana de bactérias Gram-positivas e negativas, sendo
bactericida para a maioria das linhagens testadas, muito provavelmente por
ocasionar danos na membrana celular (Silva et al., 2011). Apesar de várias
estruturas químicas isoladas de produtos do metabolismo secundário das plantas
exercerem alguma ação antibacteriana, a maior parte destas moléculas apresenta
atividade fraca e espectro de ação limitado quando utilizadas sozinhas. Porém,
ao serem combinadas entre si ou com antibióticos, podem atuar como adjuvantes,
modificando a resistência bacteriana frente determinadas drogas, diminuindo a
dose necessária de antibióticos para um resultado eficaz.
Referências Bibliográficas:
Dissertação ATIVIDADE ANTIBACTERIANA DE ÓLEOS ESSENCIAIS E
AVALIAÇÃO DE POTENCIAL SINÉRGICO apresentada ao Instituto de
Biociências, Campus de Botucatu, UNESP.
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